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Mostrando postagens de setembro, 2021

Felicidaade

 Cadê a chave da felicidade? Nem mesmo a fechadura eu vejo As janelas da minha casa interna estão fechadas A poeira ali alojada  Os vãos das portas tampados  O lixo aqui dentro espalhado  Nem um brilho se quer entra O rato que aqui mora se chama consciência Meu eu pede por liberdade  Mas meu coração sabe a verdade  Para sair daqui precisa ter coragem  E colocar tudo abaixo sem piedade É preciso largar meus hábitos  Tarefa que não considero fácil  Ouvi dos vizinhos ao meu redor Que quando  se acha a chave e a porta se abre  Enfim encontra a real felicidade  Não essa que crio em minha mente  E sempre some de repente.

Bonequinha do querer alheio

 Engole o choro garota  Se mostre forte Erga a cabeça Estufe o peito Sorria até doer o rosto Respire fundo Esconda as olheiras e hematomas Endireite a coluna Mude o brilho dos olhos  Coloque para dentro de si seus sentimentos Entre dentro de uma caixa de expectativas  Use a máscara da felicidade  Seja o você perfeito para o mundo Sente na mesa de jantar e fale sobre coisas que nunca viveu Olhe no espelho e não reconheça quem ali está Prenda dentro de si a criança que um dia foi E a tortura lentamente Bonequinha do querer alheio  Farsa em meio aos farsantes  Você por dentro morrerá em instantes   

atualizando

 Eu me pego atualizando o site todos os dias  meu dedo cansado clica na seta para carregar diversas vezes minha ansiedade senta a mesa junto com os outros sentimentos e pede um fluoxetina  meu pulmão de repente em aperto sente todos os cigarros que já fumei  Minha boca seca sentindo falta dos seus beijos  Minha mão sente ciúmes das gotas de chuva que te tocam  Borboletas voam no meu estômago de um jeito ruim  Meu rosto aparenta o cansaço que sempre sentiu  E as minhas lágrimas feitas de mar e saudade escorrem pelo rosto por nada ter para ler 

Palavras não ditas

 Eu juro que me machucam mais que as ditas sem pensar são como sujeira embaixo do tapete  você não vê mas elas lá estão e um dia eu levantarei o tapete para limpar  e não vai ser como se ela nunca estivesse lá eu vou saber e vai doer  não importa o quanto de sujeira tenha mas o ato de ter varrido tudo para debaixo do tapete  é pior do que qualquer coisa que eu encontre lá e já encontrei coisas que de decepção somente cobri com o tapete novamente 

Vinho

Enchi uma taça o que antes era doçura depois de vários goles se tornou amargura bebi no gargalo deixei no chão meu corpo prestes a ser levado  A morte comigo veio beber pegou uma taça  meu sangue começou a verter  que o vinho era bom ela veio a dizer Eu deitado olhei a morte sorrir me perguntei se queria partir pensei em resistir mas a morte com voz suave como o vinho disse que eu tinha que ir Sentindo o gosto do vinho fechei os olhos e me entreguei sorrindo a morte me deu um beijo  e cheguei a conclusão que esse sempre foi meu desejo.

Consequências

 Atos tem consequências e elas doem tanto ainda mais sabendo que você não está bem eu queria poder tirar tudo que está sentindo mas já tive essa chance e joguei ela fora sem pensar no futuro escolhas erradas mudam tudo você já não me olha da mesma forma se afasta cada dia mais e isso é como faca no peito sendo colocada e retirada várias e várias vezes cada palavra dita sem o mínimo de vontade vem como furacão interno destruindo tudo que me constrói toda indiferença no olhar machuca da forma que nunca me machucou  perdi a pessoa que confiava em mim perdi a pessoa que sempre esteve disposta a me apoiar as minhas lágrimas pesam e caem no rosto  toneladas de arrependimento